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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Sindicalistas fazem manifestação na porta da AlmavivA

Ato foi provocado por denúncias e após morte de funcionária
Ato na porta da empresa (Fotos: Portal Infonet)
Sindicalistas realizaram no final da manhã desta sexta-feira, 3, um ato na porta da empresa de telemarketing AlmavivA do Brasil, localizada no bairro Industrial em Aracaju. Em alguns momentos da manifestação de apoio aos funcionários que acusam a empresa da exploração de mão de obra, o clima esquentou, com a intervenção do gerente de Relações Sindicais da empresa, Renato Luis tentou intervir ao ato juntamente com o representante da Força Sindical, Everton César Bomfim Santos, que teria comparecido ao ato para provocar. Na ocasião, foi rezado um Pai Nosso e feito um minuto de silêncio por conta damorte da funcionária Bárbara Monique, semana passada dentro da AlmavivA.
Edval Góes (CTB) e Éverton César (Força Sindical) com o gerente Renato Luis
“A gente resolveu fazer o ato após a morte de uma trabalhadora dentro da empresa por conta da falta de condições de trabalho. Organizamos o ato com a finalidade de chamar a atenção da imprensa, do Ministério Público Estadual e do Ministério Público do Trabalho sobre as irregularidades, mas o representante da Força Sindical veio se juntar com o gerente da empresa  para atrapalhar. O que interessa pra nós é defender a classe trabalhadora dessa relação ruim com a empresa, porque a AlmavivA está mais para alma penada”, ressalta o presidente da Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/SE).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Radialistas, Fernando Cabral, os trabalhadores estão sendo explorados. “Nós viemos aqui para repudiar o trabalho escravo. São cinco anos em Sergipe explorando os trabalhadores  que não podem nem mesmo ir ao banheiro fazer as necessidades fisiológicas”, lamenta.
Representantes da empresa filmam ato e entrevistas concedidas por funcionários
O gerente Renato Luis participou do ato juntamente com mais dois funcionários que filmaram a manifestação. “Eu estou aqui falando com os manifestantes, mas só quem pode se pronunciar sobre a empresa é a assessoria de Comunicação”, diz.
“Eu sei que eles estão corretos em brigar pelos trabalhadores e eu só vim aqui saber porque o pessoal da CTB está criticando o presidente da Força, Roberto é corrupto e está coloiado com a AlmavivA. Como Roberto está viajando eu vim aqui dizer pra o presidente da CTB provar. O gerente Renato veio me dizer que eles estão afirmando que nós somos coloiados e não somos”, garante o representante da Força Sindical.
Participaram ainda do ato, representantes do Sindicato da Saúde (Sintasa), do Sindicato dos Servidores Públicos (Sintrase) e do Sindicato dos Bancários, entre outros.
Momento da oração em prol da alma da funcionária que morreu
Na porta da AlmavivA, as reclamações dos funcionários foi geral e todas as vezes que a imprensa se aproximava dos trabalhadores, os representantes da empresa filmavam. “Nós temos muitos problemas aqui, até mesmo a participação do lucro, já anunciaram que não vão mais dar, é muita pressão e muita exploração, é tudo controlado, sem contar com o excesso de trabalho e que tudo é descontado. Eu acho que a gente deve se unir, mesmo sabendo que eles estão filmando para nos punir”, ressalta uma funcionária.

Contraponto
Policiais acompanharam manifestação
Sindicalistas cobrando respeito aos trabalhadores
Em nota de esclarecimento, a assessoria de Comunicação da empresa informou que “AlmavivA do Brasil esclarece que segue estritamente a legislação trabalhista e não admite comportamentos tidos como impróprios dos gestores. A empresa informa que valoriza a integridade e bem-estar de seus colaboradores e respeita a opinião de seus funcionários. A companhia mantém o diálogo aberto e contínuo com seus colaboradores e oferece a seus profissionais um canal permanente de ouvidoria interna, com garantia de sigilo e confidencialidade, para registrarem críticas, elogios e sugestões em relação a procedimentos internos e atitudes inadequadas”.
Por Aldaci de Souza

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