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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Servidores de saúde não descartam greve em Itaporanga

Profissionais estão insatisfeitos com as condições de trabalho


Servidores do sistema público de saúde de Itaporanga se reuniram na tarde desta terça-feira, 24, para discutir as deficiências que têm atrapalhado os trabalhadores de atuarem na região. Dentre os problemas, estão a falta de reajuste salarial, o não cumprimento do plano de carreira e as más condições de trabalho. Médicos, enfermeiros e dentistas do município não descartam greve, caso a situação não seja alterada.

A assembleia extraordinária aconteceu na sede do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese). A presidente do Seese, Shirley Marshal Díaz Morales, fala que, além dos inúmeros problemas em Itaporanga, não há diálogo com a prefeitura do município. Na reunião, ficou definido que vai ser feita nova tentativa de contato com a Prefeitura e que, se não obtiver retorno em dez dias, a categoria vai parar.

“Estamos tentando construir uma proposta, mas não recebemos retorno de que eles tenham recebido nossas solicitações. Isso é complicado para nós. Estamos unindo as forças das categorias, mostrando que os trabalhadores precisam ser ouvidos”, fala.

“Nós temos muitas dificuldades de negociação com a gestão de lá. Temos um plano de carreira estabelecido em lei e que não está sendo cumprido. Itaporanga é um dos poucos municípios que tem o plano de carreira, mas não é efetivado. E nós precisamos disso”, falou a presidente da Seese. Shirley explicitou ainda que não há reajuste salarial em Itaporanga. “De 2010 para cá, não temos tido o reajuste. Esse tempo todo com essa perda”, disse.

É a primeira vez que vai haver uma ação conjunta entre os médicos, dentistas e enfermeiros em prol de Itaporanga. Erick Mendes, representante do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), esteve presente na reunião e apoia a causa estabelecida. “Apesar de não se tratar de um município com população de grande porte, nem com serviços de saúde de média ou alta complexidade, Itaporanga precisa de condições mínimas de trabalho que vêm sendo repetidamente descumpridas”, falou.

Marcos Santana, do Sindicato dos Odontólogos de Sergipe (Sindiodonto), fala em “revolta grande” com a situação de Itaporanga. “Temos uma lei aprovada desde 2012 e a Prefeitura não a coloca em vigor. As pessoas estão em uma situação de total fragilidade perante os direitos”, falou o representante.

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